A vacina é segura?
No desenvolvimento e aprovação das vacinas contra a COVID-19, tal como para qualquer outro medicamento, foi garantida a sua eficácia, segurança e qualidade, através de ensaios clínicos e de uma avaliação rigorosa pela Agência Europeia de Medicamentos. Os ensaios clínicos das vacinas contra a COVID-19 decorreram de acordo com os procedimentos habituais para ensaios de qualquer vacina.
Dezenas de milhares de voluntários foram vacinados e comparados com o idêntico número de voluntários não-vacinados, quanto à ocorrência de efeitos adversos. O tempo durante o qual os vacinados foram acompanhados após a toma da 2ª dose, ultrapassou as oito semanas. Este é o período durante o qual surgem efeitos adversos comuns após a toma de vacinas, não se tendo observado uma frequência ou gravidade destes efeitos que coloque em causa a segurança das vacinas.
À semelhança do que se passa com qualquer medicamento, os ensaios não podem, contudo, excluir a ocorrência de efeitos adversos muito raros, só detetáveis quando uma vacina é dada a milhões de pessoas. Estes efeitos são detetados pela vigilância implementada pelas autoridades de regulação dos medicamentos de cada país, o INFARMED no caso de Portugal (no contexto do Sistema Nacional de Farmacovigilância).
A vacina vai proteger-me?
Sim. Ser vacinado contra a COVID-19 permite proteger-nos individualmente contra a doença e suas complicações, bem como contribuir para a proteção da saúde pública, através da imunidade de grupo.
Apesar de muito eficazes, as vacinas não evitam completamente o risco de infeção. Contudo, as poucas pessoas vacinadas que foram infetadas, desenvolveram geralmente formas pouco graves de COVID-19.
Tipos de Vacina
A Comissão Europeia contratualizou vacinas em nome de todos os Estados Membros através da celebração de contratos de aquisição prévia.
Até ao final de 2020, a Comissão Europeia chegou a acordo com as seguintes empresas farmacêuticas para a aquisição de potenciais vacinas contra a COVID-19, uma vez comprovada a sua segurança e a eficácia:
A vacina tem efeitos secundários?
Tal como qualquer outro medicamento, também a vacina contra a COVID-19 pode ter reações adversas. A maioria delas são ligeiras e de curto prazo e nem todas as pessoas as identificam.
Todas as vacinas, ao estimular as nossas defesas, podem causar efeitos secundários ligeiros e de curta duração. Alguns indivíduos vacinados contra COVID-19 nos ensaios clínicos, relataram ter sentido:
- Dor no local de injeção;
- Fadiga;
- Dor de cabeça;
- Dores musculares;
- Dor nas articulações;
- Febre.
Outros efeitos como vermelhidão no local da injeção e náuseas ocorreram em menos de 1 em cada 10 casos.
Geralmente, estes efeitos desapareceram ao fim de 24 a 48 horas. Embora a sensação de febre não seja incomum por 2-3 dias, uma temperatura alta é rara e pode indicar que tem COVID-19 ou outra infeção.
Os sintomas após a vacinação normalmente duram menos do que uma semana. Em caso de persistência dos sintomas ou se surgir outra reação que o preocupe, contacte o seu médico assistente ou a Linha SNS24 (808 24 24 24).
Se procurar aconselhamento de um médico, enfermeiro ou farmacêutico, informe-os sobre a sua vacinação para que possam avaliá-lo adequadamente.
Também pode reportar qualquer efeito adverso da vacina através do Portal de Notificação de Reações Adversas (RAM) do INFARMED, I.P.
Quando posso ser vacinado?
Toda a população Portuguesa poderá ser vacinada, desde que seja elegível de acordo com as indicações clínicas aprovadas para cada vacina na União Europeia. Contudo, foram definidos grupos prioritários, por estarem mais vulneráveis à COVID-19:
Segundo o plano de vacinação, que pode sofrer alterações em função da evolução do conhecimento científico e das indicações e contraindicações que venham a ser aprovadas pela Agência Europeia de Medicamentos, a estratégia de vacinação será a seguinte:
Fase 1
A partir de dezembro de 2020:
Profissionais de saúde envolvidos na prestação de cuidados a doentes
Profissionais das forças armadas, forças de segurança e serviços críticos
Profissionais e residentes em Estruturas Residenciais para Pessoas Idosas (ERPI) e instituições similares
Profissionais e utentes da Rede Nacional de Cuidados Continuados Integrados (RNCCI).
A partir de fevereiro de 2021:
Pessoas de idade ≥50 anos, com pelo menos uma das seguintes patologias:
Insuficiência cardíaca
Doença coronária
Insuficiência renal (Taxa de Filtração Glomerular < 60ml/min)
(DPOC) ou doença respiratória crónica sob suporte ventilatório e/ou oxigenoterapia de longa duração
Fase 2 (a partir de abril de 2021):
Pessoas de idade ≥65 anos (que não tenham sido vacinadas previamente)
Pessoas entre os 50 e os 64 anos de idade, inclusive, com pelo menos uma das seguintes patologias:
Diabetes
Neoplasia maligna ativa
Doença renal crónica (Taxa de Filtração Glomerular > 60ml/min)
Insuficiência hepática
Hipertensão arterial
Obesidade
Outras patologias com menor prevalência que poderão ser definidas posteriormente, em função do conhecimento científico
Fase 3 (em data a determinar após a conclusão da segunda fase):
Toda a restante população elegível, que poderá ser igualmente priorizada.
O seu médico ou enfermeiro de família poderá informá-lo sobre a fase em que será vacinado.
Espere até ser contactado. O processo de vacinação irá decorrer ao longo do ano de 2021.
Não é possível pedir a marcação da sua vacina para a COVID 19. Será contactado pelo Serviço Nacional de Saúde para esse efeito. Agradecemos que aguarde e não contacte o SNS 24 por este motivo.
E depois da vacina?
Depois de tomar a vacina ainda necessito de usar máscara e respeitar o distanciamento? Sim!
Mesmo após ser vacinada, a pessoa deve continuar a observar todas as medidas preconizadas para a sua proteção e contenção da transmissão, incluindo o uso de máscara.
Por um lado, um vacinado só se deve considerar protegido de doença sete dias depois da toma da segunda dose da vacina. Este é o período de tempo que dá garantia de uma resposta robusta por parte do seu sistema imunitário.
Por outro, desconhece-se ainda se estar vacinado impede infeção assintomática. As vacinas conferem proteção contra a doença, mas não necessariamente contra ser portador e transmissor do vírus, sem exibir sintomas. As máscaras e o distanciamento evitam que possamos infetar outras pessoas caso sejamos portadores do vírus sem o saber.
Vacine-se: ajude a proteger os mais vulneráveis!
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